sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Soufisme

Sache que le monde tout entier est miroir,
dans chaque atome se trouvent
cent soleils flamboyants.
Si tu fends le cœur d'une seule goutte d'eau,
il en émerge cent purs océans.
Si tu examines chaque grain de poussière,
mille Adam peuvent y être découverts...    

Un univers est caché dans une graine de millet ;
tout est rassemblé dans le point du présent...
De chaque point de ce cercle
sont tirées des milliers de formes.
Chaque point, dans sa rotation en cercle,
est tantôt un cercle,
tantôt une circonférence qui tourne.    

Mahmûd Shabestarî   Poète soufi, Iran (XIVè s.)

Soufisme

Le soufisme (en arabe : تصوف [taṣawwuf]) ou taçawwuf désigne en islam le cœur de la tradition islamique. Le mot taçawwuf peut se traduire correctement par « initiation »[2]. Il désigne "el-haqîqah" c'est-à-dire la "vérité" intérieure qui vivifie et permet la compréhension profonde de "es-shariyah" (la "grande route"). Le Taçawwuf comprend non seulement la haqîqah mais aussi l'ensemble des moyens destinés à y parvenir, appelé tarîqah - "voie" ou "sentier" - conduisant de la shariyah vers la haqîqah, c'est-à-dire de l'"écorce" (el-qishr) vers le "noyau" (el-lobb) par l'intermédiaire du "rayon" allant de la circonférence vers le centre. Le soufisme est intimement lié, depuis les origines de révélation prophétique de l'islam, à la fois aux orthodoxies sunnite et chiite, bien qu'il ait pris des formes différentes dans les deux cas. Pour Ibn Arabi, « Le soufisme ce n'est rien de plus que les cinq prières et l'attente de la mort ». Ibn Arabi précise en citant cette formule : « Il y a là une science immense »[3].
Vide: Wikipedia 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Imagem do Eu de Ouro

Havia certa vez um mercador chamado Abdul Malik. Era conhecido como o Homem Bom de Khorasan, por empregar parte de sua imensa fortuna em obras de caridade e festas para os pobres.
Mas um dia ocorreu a Malik que todos os presentes até então dados por ele representavam apenas um mínimo do que possuía. Por outro lado, o prazer obtido em razão de sua generosidade significava muito mais do que o ato de desfazer-se dessa pequena parcela de sua riqueza. Mal esse pensamento cruzou-lhe a mente, decidiu doar até a última moeda para o bem da humanidade. E assim fez.
Tão logo se desfez de todas as suas posses, disposto a enfrentar quaisquer tropeços que a vida pudesse ter reservado para ele, Abdul Malik viu, durante sua hora consagrada à meditação, uma estranha figura que dava a impressão de erguer-se do piso de seu quarto. Um homem foi tomando vulto diante de seus olhos, vestido com o manto de retalhos dos misteriosos dervixes.
— 0h! Abdul Malik, homem generoso de Khorasan! — entoou a aparição— Eu sou o seu verdadeiro ser, o qual se tornou agora quase real a seus olhos porque você vem fazendo algo realmente caritativo, que num confronto com suas anteriores manifestações de bondade as transforma em quase nada. Por causa de sua atitude e por ter podido desfazer-se de sua fortuna sem sentir qualquer vaidade pessoal, eu lhe oferto aquilo que é a verdadeira fonte da recompensa.
"Daqui em diante, eu aparecerei diante de você desta maneira, diariamente. Você me golpeará, e eu me converterei em ouro. Poderá dispor dessa imagem de ouro tanto quanto você venha a desejar.
Não receie por mim, porque tudo que vier a tomar da minha imagem dourada será reposto a partir da fonte de todas as graças."
 E dizendo tais palavras, o estranho homem desapareceu.
No dia seguinte, Abdul Malik estava sentado em companhia de um amigo, Bay-Akil, quando o espectro do dervixe começou a delinear-se. Abdul Malik o golpeou com uma vara, e a figura caiu ao chão, transformada em ouro. Abdul recolheu para si uma parte e deu um pouco do ouro ao seu convidado.
Então Bay-Akil, que ignorava o ocorrido antes, ficou imaginando como tal maravilha poderia ser possível. Mas sabia que os dervixes eram dotados de estranhos poderes e concluiu que bastaria somente tocá-los para obter o ouro.
Assim pensando, promoveu uma festa, à qual todo dervixe que dela ouvisse falar poderia comparecer e comer com abundância. Quando todos os presentes já haviam comido e bebido muito bem, Bay-Akil pegou uma barra de ferro, golpeando com ela todos os dervixes que se achavam ao seu alcance até vê-los cair prostrados no chão.
Os dervixes que estavam ilesos prenderam então Bay-Akil e o levaram à presença do juiz. Relataram o ocorrido e mostraram ao magistrado os dervixes maltratados, como prova evidente. Aí, Bay-Akil contou o que se passara na casa de Abdul Malik, explicando as razões do estratagema de que se utilizara.
Abdul Malik foi chamado a depor, mas no caminho para o Tribunal, seu eu áureo lhe sussurrou o que deveria dizer.
— Com a permissão deste tribunal — começou Abdul Malik —, este homem parece ser um demente, ou então procura disfarçar alguma propensão a agredir pessoas sem motivo algum. Eu o conheço, mas sua história não está de acordo com a experiência pessoal que tive em minha casa.
Bay-Akil foi então colocado num manicômio até que curasse sua anormalidade. Os dervixes feridos logo se recuperaram graças a um tratamento conhecido apenas por eles mesmos. E ninguém acreditou que algo tão espantoso como a transformação, diária ainda por cima, de um homem em estátua de ouro pudesse ocorrer.
Por muitos anos, até que fosse levado para a companhia de seus antepassados, Abdul Malik continuou a romper a imagem que era ele mesmo, e a distribuir seus tesouros, que também eram ele mesmo, entre os que não podia ajudar senão materialmente.


A Imagem do Eu de Ouro
Segundo uma tradição dervixe, os clérigos apresentam seus ensinamentos para elevação moral em forma de parábolas, mas somente os dervixes encobrem seu ensinamento de maneira mais completa; porque unicamente o empenho em aprender, ou os esforços de um mestre que lecione, produzirão o efeito que ajudará realmente a transformar quem o ouça.
A presente história é mais aparentada com o estilo de parábola do que a maior parte das narrativas do gênero. Mas o dervixe que a contou na praça do mercado, por volta de 1950, advertiu: "Não a encarem como algo moralizante; concentrem-se na primeira parte da história. Ela lhes fala sobre o método."
Extraído de 'Histórias dos Dervixes'
Idries Shah
Nova Fronteira 1976


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Imaginemos a seguinte situação:... " * Рука укулеле"

Escrevi no dia 21 de julho de 2011 01:05

Imaginemos a seguinte situação: De repente estamos nós a conversar olhos nos olhos e em certo momento de nossa conversa eu te peça para fechar os teus olhos e imaginar com a máxima precisão possível sobre o que eu irei falar no instante que se segue. Então eu conto até três e lhe digo em bom tom as palavras: "*Рука укулеле", repetiria mais duas vezes: "Рука укулеле, Рука укулеле" e pediria para você descrever sobre o que digo. Obviamente se você não tiver noção da língua que estou a falar ou um tradutor seria humanamente impossível para o seu cérebro fazer qualquer tipo de sinapse plausível e dar uma resposta lógica ou aceitável sobre do que se trata a frase dita. Você me diria não tenho noção disto ou algo similar.

Nosso cérebro só é capaz de "corresponder" a uma resposta se "Ele" tiver algum conhecimento do assunto em questão. Até para que minha imaginação aconteça eu preciso de um conhecimento anterior. Ou digamos para não "extrapolar" com a sua paciência eu pedisse a você em seu próprio idioma, (...), que me descrevesse algo nunca antes visto neste mundo, seria quase ou completamente impossível você me dar uma descrição de algo, pois, nosso cérebro não é capaz de imaginar algo nunca antes visto, conhecido por "Ele".

"Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de uma pessoa a computadores e scanners e pedirmos para olhar para determinado objeto podemos ver certas partes do cérebro sendo ativada. E se pedirmos a esse mesma pessoa para fechar os olhos e imaginar o mesmo objeto as mesmas áreas do cérebro ativarão como se estivesse vendo o objeto" (Fala do documentário "Quem Somos Nós").  

Conhecimento com Conhecimento vão se cruzando e destes infinitos cruzamentos o ser humano vai materializando objetos, condutas e um modo de vida.

Se eu te declamar um poema assim: " Riozinho corderozinha pisca para o pontinho amarelinho". Da De...nize.

Ou você vai achar muito bobinho de minha parte ou se você for um obcecado pela erudição "pode" até filosoficamente, matematicamente, cientificamente encontrar uma resposta que dê sentido a tal versinho, talvez levasse uma vida toda ou acharia ou nunca acharia. E o Olavo Bilac o que diria?
Sim, fazer, rimar, tocar um instrumento ao léu, acredito que muitos são capazes com algum mínimo de conhecimento, no entanto, até para fazer algo ao léu se tem que ter um determinado conhecimento deste algo que se pretende fazer.
Penso que onde houver um Conhecimento elaborado há uma Filosofia.
Agora partindo para o campo mais aguçado da mente e tendo como base que tudo é Energia, qualquer pessoa que tenha esse conhecimento pode materializar "coisas". A materialização a partir do Ectoplasma, daí para se chegar até tal ponto é necessário ser um erudito no assunto. Acredito que a dita "espiritualidade" ela por ela mesma nao existe.

* "Рука укулеле" foneticamente é "Ruka Ukulele"


Tenha um ótimo dia.

Escrevi no dia 19 de julho de 2011 01:00

O filme iraniano “A Maça” (Sib) é a história verídica das irmãs gêmeas: Massoumeh e Zahra, que são trancadas em casa pelos seus pais, durante 11 anos, ou seja, durante toda a sua vida. No desenrolar do filme fica claro que só a experimentação, a vivência, o conhecimento é o que construí, arquiteta o Ser Humano. As jovens meninas Massoumeh e Zahra que são trancadas em casa pelos seus pais possuem déficit em seu desenvolvimento intelectual e em seu desenvolvimento físico-motor e afetivo-emocional.

Tem-se o exemplo de Amala e Kamla, as meninas lobo, não sei por certo até que ponto há veracidade em tal acontecimento, mas acredito que seria possível não o fato de uma loba ter "cuidado" das meninas por alguns anos e as ensinado a agir como lobas, mas sim, de ensinar alguém agir de qualquer modo que se queira.
E há outros exemplos de crianças que são "presas" em suas casas e seus desenvolvimentos emocional, intelectual e a sua psicomotricidade são "abalados"... e por aí segue a necessidade de Conhecimento para praticar os atos mais simples da vida. Instintos sao intintos e conhecimento é conhecimento...


ÓTIMO DIA...Hoje e Sempre...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Docetismo

Docetismo (do grego δοκέω [dokeō], "para parecer") é o nome dado a uma doutrina cristã do século II, considerada herética pela Igreja primitiva. [1]



Conta o Evangelho de Pedro que no momento que o corpo do filho estava na cruz Ele ali do lado da cruz se olhava com seu espirito e repetia para si algo assim: vocês estão a ferir a minha dita matéria...ou sou espirito vocês que me crucificam não são capazes de  ferir a "encarnação" de Deus. Obviamente é uma re-leitura, da re-leitura da re-leitura... 



"O Evangelho de Pedro  descreve o processo contra Jesus, sua execução e sua ressurreição. Sua cristologia é a do docetismo: aquele que sofre e morre é apenas uma aparição do verdadeiro Jesus, que é divino e por isso não pode sofrer e morrer. Conforme esse evangelho, o corpo de Jesus se volatiliza na cruz antes de subir ao céu."


" Um dos grupos mais influentes do cristianismo primitivo foi o dos gnósticos, que adotavam uma vida ascética, negavam a matéria e acreditavam que o conhecimento era o caminho para a salvação." 
Fonte: http://super.abril.com.br/religiao/historia-secreta-cristianismo-447676.shtml



[1] Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Docetismo (acesso 03.04.2012) - Bibliografia: PINHO, Arnaldo de. Docetismo in Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século XXI, Volume IX, Editorial Verbo, Braga, Abril de 1999.


Outras fontes:

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Por Ísis!

Reza a lenda que na Roma antiga existia um grupo de pessoas de pensamento "Agnóstico" ou "Gnóstico"  de ser. Entre uma das diferenças do modo de pensar deste grupo ao dos "governantes romanos da época" era que "deus" habita em cada um de nós... ao contrário do que pregava a tradicional fé do deus do céus... porém, há o fruto deste diferente olhar que é o filho.  Todavia, antes e junto ao agnosticismo, havia o antes, tal ao Sufismo, e tantas outras linhas de pensar... Mas o Poder que imperava na mão de Herodes teve a cabeça do tal  João em seus dedos. Por Sophia! ao modo Agnóstico... Até que nasceu o dito prometido, mas antes de partir conta a palavra escrita que João o elegeu o filho como o messias...mas talvez ele tivesse que ser protegido durante sua infância e fosse mantido em recluso, é uma opção, hipótese,  e aos 12 ele reaparece na história a proferir palavras de Sophia, desaparece, reaparece nas Águas do... e volta aos céus do...e quem seria seu anjo da guarda, os Cavaleiros Templários...? Sua cruz seria de madeira...cruz vermelha tal ao sangue de Madelena, qual foi apagada da História, sem antes ser difamada. "Baphomet" que decodificado poderia ser Sophia...?! Uma história leva a outra. Por Ísis!




domingo, 17 de julho de 2011

A felicidade não está onde se procura


Nasrudin encontrou um homem desconsolado sentado à beira do caminho e perguntou-lhe os motivos de tanta aflição.
- Não há nada na vida que interesse, irmão. Tenho dinheiro suficiente para não precisar trabalhar e estou nesta viagem só para procurar algo mais interessante do que a vida que levo em casa. Até agora, eu nada encontrei.
Sem mais palavra, Nasrudin arrancou-lhe a mochila e fugiu com ela estrada abaixo, correndo feito uma lebre. Como conhecia a região, foi capaz de tomar uma boa distância. A estrada fazia uma curva e Nasrudin foi cortando o caminho por vários atalhos, até que retornou à mesma estrada, muito à frente do homem que havia roubado. Colocou a mochila bem do lado da estrada e escondeu-se à espera do outro. Logo apareceu o miserável viajante, caminhando pela estrada tortuosa, mais infeliz do que nunca pela perda da mochila. Assim que viu sua propriedade bem ali, à mão, correu para pegá-la, dando gritos de alegria.
- Essa é uma maneira de se produzir felicidade - disse Nasrudin.